quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Na Festa de Casamento

Fui à festa de casamento, dessas de uma conhecida não tão amiga, mas que fica feliz com a presença. Festa grande, para muitos convidados.
Sabe aquela situação de entrar no salão, escolher uma mesa com dois lugares vagos e sentar com gente desconhecida. Engraçado como sempre sinto um pouco de vergonha em ter que perguntar:
- O lugar está ocupado?
- Não, pode ocupar, fique à vontade.
Apresentações, nomes, discretos olhares e pronto... Vamos ficar juntos as próximas três ou quatro horas.
São 8 lugares em cada mesa.

Dois casais que parecem ser bem amigos, um casal à esquerda e nós.
Após os primeiros 30 minutos, começo a reparar no casal que está ao meu lado esquerdo. Ela é uma mulher bonita, é possível que tenha mais idade do que aparenta. 45 anos talvez.
E tem um olhar tão triste. Um olhar tão vago.
Não vou começar a fantasiar os motivos desse olhar.
Ou melhor, acho que vou sim:
- Será um marido ficou chato depois de muitos anos de casamento?
- Será uma vida que não foi tão boa como ela imaginou que seria?
Mas que esse olhar é triste, ele é.
Viajo um pouquinho mais nos meus pensamentos e acho a sintonia que faltava.
É numa festa de casamento que sentimos fluir no ar a felicidade dos noivos, a felicidade que um dia tivemos também e se essa felicidade não se concretizou com quem idealizamos é o momento de repensar ou lembrar de como poderia ter sido diferente se fosse com aquela outra pessoa que também amamos um dia.

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